quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Casagrande pede a Dilma que governo tenha participação mais ativa na discussão sobre os royalties

O governador Renato Casagrande (PSB) pediu à presidente Dilma Rousseff (PT) que o governo participe mais ativamente da discussão sobre a distribuição dos royalties e avisou que, se houver rompimento de algum contrato o Estado vai entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o que havia sido assinado anteriormente. Casagrande esteve nesta quarta-feira (16) no Planalto, onde se reuniu com a presidente Dilma.


Segundo ele, Dilma espera que Estados produtores e não produtores encontrem uma "solução negociada" para a distribuição das receitas do petróleo. O Planalto, no entanto, não quer tratar deste assunto no momento porque quer todas as suas forças concentradas na aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DUR) e do orçamento. "Isso é assunto para 2012", disse um assessor palaciano.

Em entrevista, o governador Renato Casagrande defendeu um maior prazo para discussão da divisão dos royalties do pré-sal. "Temos que ter um tempo para continuar tentando uma negociação. Esse é um assunto que mexeu muito com as emoções do Congresso Nacional. Nós precisamos de um pouco mais de racionalidade em torno do tema e precisamos insistir em uma negociação", disse ele. O governador acrescentou que é preciso buscar esse entendimento, para que se preserve as receitas dos Estados e municípios produtores e que aponte para uma melhor distribuição de fato para o futuro.

Ao defender uma maior presença do Planalto nesta discussão, o governador acentuou que "é importante que o governo entre mais nesse debate, nessa discussão, porque ajuda nessa negociação". E emendou: "cabe a nós, governadores, ao Congresso Nacional, aos líderes e aos congressistas, criar esse ambiente. Mas, sem sombra de dúvida, a entrada e o interesse do governo podem ajudar, e muito, a busca de uma solução".

Depois de salientar que "precisamos de um pouco mais de racionalidade em torno do tema e precisamos insistir em uma negociação", o governador do Espírito Santo afirmou que apoia "integralmente os movimentos das bancadas do ES e do RJ". E insistiu: "se houver rompimento de contratos, o Espírito Santo vai ao Supremo Tribunal Federal. Nós estamos querendo um entendimento em torno daquilo que está para ser licitado, não daquilo que foi licitado".

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More