
Dois rapazes que pretendiam assaltar um taxista, na madrugada desta quinta-feira (1º), foram executados a tiros, no momento em que abordaram o veículo, na BR 262, em Alto Lage, Cariacica. O autor dos disparos foi o dono do carro, um policial militar da Companhia de Operações Especiais (COE), que dirigia o Siena placas MSX 8289.
O taxista Silvio Cardoso havia trabalhado durante a noite e parte da madrugada. Quando encerrou o horário, ele foi a um bairro em Vila Velha, para entregar o carro na casa do soldado Marcos Antônio Cordeiro Godói.
Lá, o PM ofereceu carona para o taxista, dizendo que o levaria em casa. Os dois seguiram para Cariacica. Em Jardim América, Godói parou o carro no Posto Kadillak, para abastecer o tanque.
Logo atrás, dois rapazes pararam a motocicleta Honda placa NXR 150 Bros MCZ 6261 e colocaram R$ 5,00 de gasolina no tanque.
A manobra não passou despercebida para Godói, que já havia visto a motocicleta seguindo o táxi antes, pelo retrovisor. O policial, então, ficou atento ao outro veículo.
Logo que o táxi saiu do posto, os dois rapazes também saíram e passaram a seguir o Siena. A abordagem aconteceu próximo à garagem da Viação Itapemirim. O piloto da moto atravessou na frente do táxi e levou a mão à cintura, sob a camisa, simulando que ia sacar uma arma. Nesse momento, o PM reagiu e baleou os suspeitos.
Apenas um dos criminosos foi identificado: Gabriel Jorge Júnior, 20 anos. Ele teria feito o movimento de sacar uma arma da cintura. E foi ele o primeiro alvo do soldado Godói. Gabriel acabou atingido por dois disparos no tórax. Os projéteis saíram nas costas.
O outro rapaz não foi identificado e também levou dois tiros. Baleados, os dois correram por cerca de 200 metros, até a Rua São Jorge, onde caíram. Gabriel morreu no local. O outro suspeito foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu192), elevado para o Hospital São Lucas, em estado grave.
Lá, policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tentaram falar com a vítima, que se recusou a dizer o nome, apenas confirmando que ele e Gabriel realmente haviam tentado o assalto, achando que no táxi estavam o taxista e um passageiro. E que iriam, caso fosse necessário, matar o taxista.
Pouco depois de dar entrada no São Lucas e de falar com os investigadores da DHPP, o outro rapaz baleado morreu. O soldado Marcos Antônio Godói, o taxista Silvio Cardoso, e o frentista do posto Kadillak foram levados para a DHPP, para prestar depoimento sobre os fatos ocorridos. Após isso, todos eles foram liberados.